AVC:Reconheça os sintomas do problema e saiba o que fazer
Este texto é sobre um
detalhe que poderá fazer toda diferença. Por exemplo, se fizermos uma
pergunta simples a todos os leitores: "Qual a maior preocupação quando
alguém reclama de uma dor forte no peito?", certamente, a maioria
responderá infarto agudo
do miocárdio - e sim, realmente é isso mesmo. Mas se fizermos a
pergunta um pouco diferente: "E se subitamente uma pessoa parar de
falar, ou perder a visão, a força muscular de um lado do corpo ou ainda a
sensibilidade?" Neste caso, fica mais difícil e não são todos que
acabam reconhecendo estes sintomas como a ponta de um iceberg, no caso, o
Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Aliás, tanto o
infarto agudo do miocárdio quanto o AVC nada mais são do que o mesmo
problema, ou seja, o "entupimento" de artérias, só que no primeiro caso é
afetado o coração e no segundo, o cérebro. E geralmente devido à mesma
causa: pressão alta, colesterol elevado, tabagismo, aumento de peso e diabetes.
Afinal, nossa circulação é como um único sistema de grandes e pequenas
tubulações, e o mesmo processo que ataca as pequenas artérias do coração
(coronárias) também acomete as artérias cerebrais. Não é à toa que quem
teve um infarto agudo do miocárdio está em risco maior de desenvolver
um AVC e vice-versa. Assim, todo cuidado é pouco.
E quando falamos
de cuidado, o que precisamos fazer para não deixar o problema ficar
maior? Veja, é preciso reconhecer os principais sintomas, e entender que
uma característica fundamental do AVC é a sua instalação súbita. E
súbito não significa ao longo de dias! Súbito, para os neurologistas, é
contado em minutos. Assim, quando dizemos "tempo é cérebro" significa
que cada minuto perdido poderá fazer diferença lá na frente, na hora da
recuperação. Além dos mencionados acima, os sintomas de um AVC incluem:
- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
- Sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
- Perda súbita de visão em um olho ou nos dois olhos
- Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
E o que
fazer afinal? Simples, na suspeita de um AVC procure imediatamente um
pronto-socorro - evite esperar para "ver se a sensação passa". E
prefira hospitais onde preferencialmente você sabe que existe um serviço
dedicado ao tratamento agudo do AVC. Na cidade de São Paulo, por exemplo, não
só hospitais privados, mas instituições públicas de ensino contam com este
serviço. Este é o detalhe que poderá fazer toda diferença.
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